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Ex de Bruno, Dayanne, foi absolvida pelo sequestro e cárcere privado do filho do jogador com Eliza
08.03.2013 | Atualizado em 08.03.2013 - 01:17
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Da RedaçãoAtualizada às 02h28
O goleiro Bruno Fernandes de Souza foi condenado à
prisão na madrugada desta sexta-feira (8) pelo assassinato e ocultação
de cadáver de Eliza Samudio e também pelo sequestro e cárcere privado
da ex-amante e do filho Bruninho. A juíza Marixa Fabiane Lopes
Rodrigues determinou uma soma total de penas de 22 anos e 3 meses - 17
anos e 6 meses destes em regime fechado.
Para a leitura da sentença, o advogado solicitou que
a juíza determinasse a retirada de cinegrafistas e fotógrafos do fórum,
pois Bruno não quer ser filmado ou fotografado. A juíza acatou o pedido
e todos os profissionais que já estavam no local foram obrigados a se
retirar.
A ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues do Carmo,
foi absolvida - a própria promotoria já havia pedido que ela fosse
considerada inocente do sequestro e cárcere privado do filho de Bruno e
Eliza, já que Dayanne, então esposa do goleiro, teria sido coagida a
ficar com a criança. O julgamento aconteceu no Tribunal do Júri de
Contagem, em Minas Gerais.

Bruno no último dia do julgamento: condenado pela morte de Eliza
Durante a leitura da sentença, a juíza classificou o
caso de uma "trama diabólica" que teve "detalhes sórdidos". Para a
magistrada, ficou claro que "(ele) agiu sempre de forma dissimulada de
sua real intenção" e o classificou como "mandante" do crime. "O réu
acreditou que sumindo com o corpo a impunidade seria certa", acrescentou
a juíza, destacando uma "total subersão dos valores" do atleta. "A
supressão de um corpo humano é a derradeira violência que faz com a
matéria", disse ainda.
Bruno foi condenado por todos os crimes de que era
acusado em todas as suas qualificadadoras. Ele respondia por homicício
triplamente qualificado e ocultação de cadáver de Eliza Samudio. Além
disso, também era acusado de sequestro e cárcere privado de Eliza e do
filho dos dois, Bruninho.
Como já está preso há dois anos e nove meses, Bruno
terá este período debitado da pena. Além disso, segundo O Dia, o
advogado de Dayanne, Tiago Lenoir, disse que Bruno tem um ano de remição
de pena por trabalhar na penitenciária Nelson Hungria - ou seja, o
jogador já cumpriu três anos e 9 meses da pena.
Os jurados ficaram reunidos por cerca de uma hora
para tomar a decisão, em uma sala onde tiveram que responder uma série
de perguntas sobre os crimes pelos quais os dois réus eram julgados.
"Um canalha"
Durante a argumentação final, Vasconcelos disse que Bruno mandou sequestrar e matar Eliza Samudio. O promotor ainda tentou ligar o goleiro ao tráfico de drogas - ele foi descrito como um criminoso que não tem respeito pelas mulheres e vivia cercado de malandros no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
Durante a argumentação final, Vasconcelos disse que Bruno mandou sequestrar e matar Eliza Samudio. O promotor ainda tentou ligar o goleiro ao tráfico de drogas - ele foi descrito como um criminoso que não tem respeito pelas mulheres e vivia cercado de malandros no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
Bruno admitiu na quarta pela primeira vez que sabia
da morte de Eliza e mesmo assim não denunciou o crime. Ele negou ser o
mandante do homicídio, mas disse que "aceitou" o crime - Bruno culpou o
ex-assessor e à época grande amigo Luiz Henrique dos Santos, o
Macarrão, pela morte de Eliza.
Já segundo o promotor, Bruno, tomado pela arrogância
de ser um jogador de futebol famoso e acreditando ser intocável,
mandou sequestrar e matar Eliza como "se pisasse numa barata". A
motivação do crime era não pagar a pensão à ex-amante e não reconhecer o
filho dos dois, nascido em 2010. "Um canalha", disse Vasconcelos.
A acusação disse ainda que Bruno foi dissimulado
todo o tempo até assumir que sabia que Eliza estava morta. Ele teria se
utilizado de "lágrimas hipócritas" para tentar jogar a culpa pelo crime
em Macarrão. O promotor mostrou queixas de Eliza contra Bruno e disse
que o jogador a ameaçava constantemente.
Em outro momento, o promotor disse que Bruno era
ligado ao tráfico de drogas e já teria sido visto algumas vezes em
companhia de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, um dos
maiores traficantes do Rio.
Para a acusação, Bruno arquitetou todo o crime.
Condenações
O processo sobre a morte de Eliza foi desmembrado em novembro do ano passado. Foram julgados na ocasião Macarrão e uma ex-amante de Bruno, Fernanda Castro Gomes. O ex-assessor e ex-amigo de Bruno foi condenado a 15 anos de prisão pela morte de Eliza. Já Fernanda foi considerada culpada pelo sequestro e cárcere privado de Eliza e Bruninho, sendo condenada a cinco anos em regime aberto.
O processo sobre a morte de Eliza foi desmembrado em novembro do ano passado. Foram julgados na ocasião Macarrão e uma ex-amante de Bruno, Fernanda Castro Gomes. O ex-assessor e ex-amigo de Bruno foi condenado a 15 anos de prisão pela morte de Eliza. Já Fernanda foi considerada culpada pelo sequestro e cárcere privado de Eliza e Bruninho, sendo condenada a cinco anos em regime aberto.
Crime
Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe de um recém-nascido, filho do goleiro Bruno. O jogador, na época titular do Flamengo, não reconhecia a paternidade da criança e desentendimentos sobre a pensão teriam motivado o crime.
Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe de um recém-nascido, filho do goleiro Bruno. O jogador, na época titular do Flamengo, não reconhecia a paternidade da criança e desentendimentos sobre a pensão teriam motivado o crime.
A Justiça acredita que Eliza foi morta em 10 de
junho de 2010 na cidade mineira de Vespasiano. Ela foi retirada à força
do Rio de Janeiro por Macarrão e por um primo de Bruno e levada para o
sítio do goleiro em Esmeraldas (MG), onde foi mantida em cárcere
privado. Do local, ela teria sido levada por Macarrão para ser morta por
um ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola.
A criança foi achada dias depois com desconhecidos
em Ribeirão das Neves, também Minas Gerais. O menino hoje mora com a avó
materna no Mato Grosso do Sul e um exame de DNA comprovou que ele é
mesmo filho de Bruno.
Além de Bruno e Dayanne, mais sete pessoas são
acusadas de envolvimento com os crimes. O julgamento de Bola acontece no
dia 22 de abril.
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