Vereador defende corte de ponto para garantir quórum

Qua , 27/02/2013 às 10:34 | Atualizado em: 27/02/2013 às 10:34

Rita Conrado

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Depois de fazer um protesto  contra a falta de quórum para garantir a continuidade da sessão desta terça-feira, 26, na Câmara de Salvador, o  responsável pelo projeto de modernização do Regimento Interno da Casa, vereador Edvaldo Brito (PTB),  afirmou que a atualização das normas pode pôr fim à prática.  "Uma das formas de coibir essa prática é  cortar o dia do vereador", reagiu.
Brito reclamou da impossibilidade de subir à tribuna, no tempo reservado ao seu partido, por não ter na Casa o número mínimo (14) de vereadores presentes,  embora o painel eletrônico registrasse a presença desses parlamentares em plenário.
A sessão foi encerrada depois do pedido de verificação de quórum feito  pelo vereador Kiki Bispo (PTN), pouco antes da fala de Brito. Constatado o número insuficiente de vereadores, Carlos Muniz (PTN), que presidia a sessão, encerrou os trabalhos.
"Eu não vim aqui para isso", protestou Brito.  "Meu partido não fala", assinalou, exaltado. "Cheguei ao meu limite", disse Brito, que se dirigindo aos jornalistas que fazem a cobertura das sessões,  criticou o trabalho da imprensa. "Vocês não divulgam isso" disse.
Líderes - Será realizada na próxima quarta-feira, às 14 horas, a primeira reunião do Colégio de Líderes da Câmara de Salvador, nesta legislatura. Desde o fim do recesso, encerrado no dia 1º de fevereiro, o Legislativo vinha se dedicando à formação das comissões.
A reunião de líderes definirá a pauta de votações, dando início efetivamente, aos trabalhos legislativos. Apesar de definida desde o último dia 26, a eleição de presidentes e vice-presidentes das comissões ainda gera polêmica. O vereador Odiovaldo Vigas, único representante do PDT na Casa, garante que levará o caso à Justiça até a próxima sexta-feira, juntamente com os vereadores Alemão (PRP) e José Trindade (PSL).
"Temos 100% de chances de obter êxito, já que a composição das comissões foi definida apenas pelo presidente Paulo Câmara e os líderes da situação e da oposição, quando deveria ser uma decisão de líderes", diz Vigas, que é líder do seu partido. Suas críticas tornaram-se mais veementes diante da solução dada à oposição, que perdeu a presidência da Comissão de Transportes e terá Henrique Carballal (PT) como  titular da Comissão do Carnaval. "Resolvem a situação de um partido às custas do regimento", avaliou.