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terça-feira, 5 de março de 2013

Bahia mira liderança no setor eólico a partir de 2019


Seg , 04/03/2013 às 23:30 | Atualizado em: 04/03/2013 às 23:30

João Pedro Pitombo

  • Fernando Vivas | Ag. A TARDE
    O parque eólico Alto Sertão I foi inaugurado no ano passado
Depois de anos de subaproveitamento do potencial dos ventos para geração de energia, a Bahia deve assumir a liderança no setor eólico e se transformar no maior produtor de deste tipo de energia entre os estados brasileiros a partir de 2019.
O principal impulso para o avanço baiano no setor será o acordo selado entre a Renova Energia e a Alstom, que foi apresentado nesta segunda-feira, 4, ao governo do Estado e a empresários pelo presidente mundial da Alstom, Patrick Kron, e pelo presidente da Renova Energia, Mathias Becker.
O parceria prevê o fornecimento de 440 aerogeradores da Alstom, fabricados na unidade da empresa em Camaçari, para montagem dos parques eólicos da Renova. Juntos, os aerogeradores possuem uma capacidade mínima instalada de 1,2 gigawatt. O volume é equivalente à  totalidade de geração do atual mercado eólico brasileiro. O investimento total chegará a R$ 2,5 bilhões.
Para alcançar a capacidade instalada prometida, explica Mathias Becker, a Renova vai busca negociar energia no mercado livre, além de participar dos próximos leilões de energia do governo federal. Atualmente, a empresa tem na Bahia o parque eólico Alto Sertão I, localizado nos municípios de Caetité, Igaporã e Guanambi, e trabalha na implantação do parque Alto Sertão II, na mesma região.
Já a Alstom vai implantar mais um turno de trabalho e contratar mais 50 funcionários para dar conta das encomendas de aerogeradores da Renova. O objetivo é duplicar a sua atual capacidade de produção na Bahia.
Interiorização - Presente ao evento que selou o acordo, o governador Jaques Wagner afirmou que o governo trabalha para ter em território baiano todos os elos da cadeia de produção dos equipamentos para geração de energia eólica.
Ele defendeu a interiorização dos investimentos, com a atração de  elos da cadeia eólica para cidades fora da Região Metropolitana de Salvador. "Queremos produzir perto dos locais onde serão instalados os parques. Acho que isso dá para fazer, por exemplo, com as torres que sustentam os aerogeradores, pois estas não demandam material importado", diz.
Até o momento, contudo, o único investimento para produção de torres na Bahia - da Torrebras, empresa do grupo espanhol Windar - será  realizado em Camaçari. O governo também negocia com a  Tecsis, empresa que produz pás eólicas. Segundo o governador, o investimento já está sacramentado, faltando apenas a formalização oficial.

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