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quinta-feira, 14 de março de 2013

Bahia tem mais de 17 mil casos de dengue confirmados desde janeiro


Bahia / Saúde
por
Daniela Pereira
Publicada em 14/03/2013 02:28:16
Foto: Reginaldo Ipê
Reunião do Comitê Estadual de Mobilização Social e Prevenção e Controle da Dengue na Bahia
Reunião do Comitê Estadual de Mobilização Social e Prevenção e Controle da Dengue na Bahia
Foram 17.301 casos de dengue registrados na Bahia, segundo informações da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). Os números apontam um crescimento de 6,8%, em relação ao mesmo período do ano passado.
Até o momento, 43 municípios baianos estão com risco de epidemia, faltando apenas a validação dos dados territoriais para a efetivação do quadro. Destes, 13 já estão nesta situação, que vem assustando baianos.
Com o objetivo de combater o mosquito causador da doença, nessa quarta-feira (13/3), ocorreu na Fundação Luis Eduardo Magalhães a reunião do Comitê Estadual de Mobilização Social e Prevenção e Controle da Dengue na Bahia. Representantes da sociedade civil, entidades religiosas, privadas e órgãos públicos apresentaram ações de combate ao mosquito e possíveis soluções para amenizar os riscos.
Dos casos registrados na Bahia, 3.441 são de dengue clássico, 17 com complicações e 11 com febre hemorrágica. Até o momento, os municípios que concentram 49,19% dos casos são: Jequié, Teixeira de Freitas, Guanambi, Brumado, Feira de Santana, Barreiras, Paramirim, Tanque Novo e Mulungum do Morro e Itabuna.
Das 14h às 18h dessa quarta-feira (13/3), os membros da Comissão apresentaram medidas feitas e projetos que devem ser executados para prevenir a proliferação do mosquito.
A Sesab compareceu ao local apresentando a situação epidemiológica da Bahia, com o intuito de organizar uma mobilização social.
De acordo com Alcina Andrade, Superintendente de Vigilância e Proteção da Saúde da Sesab, da última terça-feira até nessa quarta-feira (13/3), cerca de três mil casos foram notificados no Estado, o que evidencia a necessidade desta mobilização. “A dengue não é uma doença de controle fácil e não há vacina para combate. Portanto, uma mobilização social, neste momento, é crucial. Salvador ainda não está entre as cidades que estão em epidemia, mas é preciso cuidado, pois temos uma população de três milhões de pessoas”, alertou.
Sobre a reprodução do mosquito, Andrade explica que as condições ambientais e período atual do ano (calor e chuvas rápidas) são os principais agentes motivadores. “Além disso, estamos em más condições de imunidade já que foi identificada a circulação do vírus dominante Tipo 4”, afirma.
Esta semana, um convênio entre a Secretaria de Saúde e a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) foi assinado para aquisição e distribuição de capas para tanques localizados em bairros de Salvador que apresentam maior risco de dengue.
O analista social da empresa, Yuri Ávila, pontuou as agendas de ações da Embasa e ressaltou a importância na mobilização social. “Nos preocupamos em desenvolver ações amplas, principalmente em relação à dengue. Buscamos incorporar ações de responsabilidade social e para isso é preciso sempre desenvolver educação sócio-ambiental”, afirmou. Além da Embasa, estiveram presentes, representantes da Fio Cruz, Fieb, Sucab, Sema, Sesi, Correio, Coelba, entre outros.
Cuidados médicos
A automedicação e a demora em buscar atendimentos médicos são as principais preocupações das entidades de saúde, em relação aos pacientes de dengue.
Segundo a Coordenadora do Grupo Técnico Ampliado da Dengue, Elisabeth França, o risco de termos uma população doente pode ser considerado real. “ Não importa o quantitativo e sim que a população não adoeça. É necessário chamar atenção dos baianos para que entendam que estamos em um período de maior ocorrência. Assim que aparecerem os sintomas é necessário procurar ajuda médica”, aconselhou.
Especialistas alertam que os sintomas da dengue podem ser confundidos com o de uma gripe, mas é preciso ficar atentos a qualquer alteração no corpo como: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, tontura, hemorragias importantes, palidez ou rubor facial, pulso rápido e fino, agitação ou letargia, desconforto respiratório, diminuição repentina da temperatura, redução do volume de urina, queda da tensão arterial, pele, mãos ou pés frios.

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