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Em todo o Nordeste, o aumento no número de mortes por arma de fogo no período foi de 92,2%
07.03.2013 | Atualizado em 07.03.2013 - 21:49
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Da RedaçãoAtualizada às 22h05
O número de mortes por arma de fogo na Bahia
aumentou 216,3% entre 2000 e 2010, segundo dados do Mapa da Violência,
estudo do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela)
divulgado na quarta-feira (6). Quatro cidades baianas estão entre as dez
com maior taxa de homicídios por arma de fogo. O estudo contabiliza
somente cidades com mais de 20 mil habitantes.
Nos dez anos observados, a tendência do número de
mortes por arma de fogo sempre foi crescente, com exceção de 2008 para
2009, onde é possível observar um pequeno decréscimo. Em todo o
Nordeste, o aumento no número de mortes por arma de fogo no período foi
de 92,2% - o único estado nordestino que viu uma diminuição neste tipo
de óbito foi Pernambuco.
A Bahia é o quarto estado brasileiro com maior taxa
de óbito por arma de fogo - quando se considera o número deste tipo de
morte a cada 100 mil habitantes. A Bahia, com taxa de 34,4, está atrás
de Alagoas, Espírito Santo e Pará. Em comparação, em 2000 o estado era o
15º no dado. As mortes por arma de fogo não contabilizam só homicídios,
mas estes são a maioria absoluta. Na Bahia, 92,3% das mortes desta
maneira foram homicídios; 5,9% estão classificadas como causa
indeterminada; 0,9% foram suicídios e 0,8% foram acidentes.
Com taxa de 59,6 mortes por arma de fogo a cada 100
mil habitantes, Salvador é a quarta capital neste dado, atrás de Maceió,
João Pessoa e Vitória. Simões Filho, novamente, é a líder nacional.
Foram 179 homicídios registrados em 2010 e uma média de 141,5 entre
2008 e 2010. Lauro de Freitas aparece em terceiro lugar, com média de
106,6 homicídios nos três anos analisados. Aparecem ainda entre os dez
primeiros Porto Seguro (taxa de 91,4) e Eunápolis (taxa de 87,4), ambas
no sul baiano.
Em outubro do ano passado, a Polícia Civil divulgou a criação de uma força-tarefa
para intensificar as investigações de homicídios nas áreas desabitadas
do Centro Industrial de Aratu (CIA), em Simões Filho, na Região
Metropolitana de Salvador.
Dos 46 corpos localizados nos últimos seis meses na
região, 16 foram identificados e são de pessoas que moravam em Salvador
ou outra cidade da RMS. Apenas uma tinha vínculos com Simões Filho,
segundo a assessoria da polícia. A região é considerada um ponto de
desova.
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