Seg
, 04/03/2013 às 07:25
Agência Estado
No entanto, todos os defensores afirmam que há irregularidades no processo e já adiantaram que, caso as sentenças não sejam favoráveis aos réus, vão pedir a anulação dos julgamentos. O braço direito do goleiro, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e outra ex-amante de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, já foram condenados em novembro passado. Ainda serão julgados o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em 22 de abril, e Elenílson Vítor da Silva e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, em 15 de maio.
Lúcio Adolfo, que assumiu a defesa de Bruno em novembro, levando a Justiça a adiar o julgamento do goleiro, afirma que há uma série de irregularidades no processo. "A juíza também determinou a expedição de um atestado de óbito antes do julgamento. Isso influencia diretamente no ânimo do júri", observou. Em janeiro, a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, presidente do Tribunal do Júri de Contagem, acatou pedido da família de Eliza e do Ministério Público Estadual (MPE) e determinou a expedição do documento, apesar de o corpo da jovem nunca ter sido encontrado. "Esse caso certamente será decidido nos tribunais superiores", avaliou o advogado. "Tenho muito carinho e respeito pela juíza, mas não concordo com algumas decisões jurídicas dela", acrescentou.
Já Ércio Quaresma Firpe, que defende Bola, afirmou que o problema da magistrada com ele "é pessoal" e adiantou que também pretende levar o caso para instâncias superiores do Judiciário. "Ela (Marixa) ultrapassou o limite do racional", disparou. O polêmico advogado, que representou Bruno durante as investigações e deixou o caso para se tratar de uma dependência de crack, abandonou o plenário do júri em novembro, alegando cerceamento de defesa, levando a magistrada a desmembrar o processo em relação ao ex-policial.
Agora, Quaresma pretende participar do julgamento de Bruno e Dayanne, mas quer questionar todos que forem ouvidos em plenário. "Vou mostrar a diferença de acórdão e acordão", adiantou, em referência a um suposto acordo do MPE com Macarrão para que o réu confessasse. Marixa, porém, autorizou perguntas apenas aos réus. Em novembro, o TJMG autorizou os advogados a fazerem perguntas também para as testemunhas, mas a juíza considerou que a determinação era válida apenas para o julgamento anterior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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