06/03/2013 07h00
- Atualizado em
06/03/2013 07h00
Fallon Fox, de 37 anos de idade, já tem duas vitórias profissionais, mas pode não ter a licença confirmada após assumir ter mudado de sexo em 2006
- Nosso departamento jurídico está investigando as informações que constam da ficha de inscrição de Fallon Fox - disse Sandi Copes Poreda, diretora de comunicação da Comissão de Boxe do Estado da Flórida, em entrevista à revista "Sports Illustrated".
A lutadora admite, no entanto, que não revelou a sua condição de transexual à entidade da Flórida e não apresentou todos os documentos médicos pertinentes, alegando que não foi solicitada a fazê-lo. Sandi Poreda informou que a obrigatoriedade de apresentar este tipo de documentação está na pauta das mudanças que a Comissão analisará em seu próximo workshop, no qual se discutirá a atualização das regras e processos de obtenção de licenças para lutar profissionalmente.
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Já na suposta obtenção da licença para atuar na Califórnia, Fox garante que fez sua inscrição por telefone e enviou todos os exames comprovando que era uma transexual. O órgão, no entanto, afirma que não enviou a licença para a lutadora, mas sim um comprovante do pagamento da taxa de US$ 60 referente à inscrição preliminar. Andy Foster também declarou que a lutadora solicitou a sua identificação nacional como lutadora e que o processo também está em análise. Esta identificação permitiria que ela lutasse na maioria dos estados americanos, por cruzar dados com as comissões atléticas. A atleta diz que recebeu a identificação na Flórida, mas a Comissão de Boxe do Estado da Flórida afirma que este processo ainda está sob análise.
- É importantíssimo deixar claro que a Comissão da Flórida autorizou a luta de Fallon Fox. A Comissão da Califórnia apenas recebeu um formulário de inscrição e está trabalhando na análise de todo o processo, inclusive das questões médicas. Após ser feita a análise inicial, nós e a nossa comissão médica pediremos à atleta mais documentos no decorrer do processo. Ela terá a mesma oportunidade de nos entregar estes documentos que qualquer outra atleta. Minha equipe inicialmente lidou com o pedido de licença de Fallon Fox sem me avisar de qualquer particularidade. Por ser o primeiro caso deste tipo, ele devia ter sido levado a mim para que tomássemos as medidas necessárias tanto com nosso corpo jurídico quanto com o médico, que é quem efetivamente decide como se deve proceder em um caso dessa natureza. Agora que fui informado de tudo, estou agindo da forma apropriada para que o protocolo seja seguido em uma próxima vez.
Em sua estreia profissional, Fox lutou pelo "King of Cage", que licencia sua marca em muitos países do mundo. A lutadora afirma que sua luta - vencida por nocaute técnico no primeiro round- aconteceu em uma tribo indígena Coeur D'Alene, que é considerada território soberano e, por isso, isenta de fiscalização estadual. A atleta afirmou que estava obrigada apenas a apresentar exames de sangue e fazer um teste de gravidez, e não tinha certeza se os testes foram realizados sob supervisão do torneio ou de uma entidade oriunda da localidade onde aconteceu o evento. As três lutas amadoras anteriores de Fox, vencidas no primeiro round por finalização, aconteceram no estado de Illinois, onde a lutadora reside.
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