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Declarações da delegada sobre morte de estudante da Ufba foram condenadas pelo GGB
Da Redação
O presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo
Cerqueira, será ouvido na manhã desta quinta-feira (2) na Corregedoria
da Polícia Civil, em Amaralina, sobre a denúncia apresentada contra a delegada Simone Moutinho,
titular da 3ª Delegacia de Homicídios (BTS), responsável pela
investigação do assassinato do estudante de Produção Cultural da Ufba,
Itamar Ferreira Souza, 25 anos. O jovem foi encontrado morto no último
dia 13 em uma fonte, no Largo do Campo Grande.
O GGB questionou as declarações dada à delegada para
imprensa, amplamente reproduzidas, de que Itamar teria sido atraído
para a praça com a intenção de fazer sexo grupal com os suspeitos e um
amigo que o acompanhava. As declarações foram feitas durante a
apresentação de Ricardo Hohlennerger dos Santos, 25, acusado de
participar do assassinato.
“No local, eles encontraram três moradores de rua, entre eles Ricardo, e começaram a beber juntos. Quando o dinheiro acabou, os dois chamaram Ricardo, o menor e Scarlet para fazerem sexo grupal na praça”, contou a delegada na época, falando de Itamar e do eletricista Edmilson Santos de Oliveira, 42, amigo da vítima.
“No local, eles encontraram três moradores de rua, entre eles Ricardo, e começaram a beber juntos. Quando o dinheiro acabou, os dois chamaram Ricardo, o menor e Scarlet para fazerem sexo grupal na praça”, contou a delegada na época, falando de Itamar e do eletricista Edmilson Santos de Oliveira, 42, amigo da vítima.
Em nota, o GGB classificou as declarações de
precipitadas. “O GGB acredita que a delegada foi muito infeliz em suas
declarações e a divulgação ampla das mesmas constitui uma nódoa a honra
do estudante assassinado, sua família e a honra da vitima sobrevivente
ao ataque”, diz nota divulgada no último dia 24.
"Mesmo que os criminosos tenham dito essas
excrescências, uma autoridade policial deveria ter o cuidado em divulgar
declarações estapafúrdias sem ouvir o sobrevivente", questionou
Marcelo Cerqueira. "Denunciamos em defesa da honra da vitima e respeito
aos seus familiares", diz ainda.
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, a
denúncia foi recebida por e-mail pela Corregedoria Geral da Secretaria
da Segurança Pública (SSP) na terça-feira (23). Gravações feitas pela
imprensa com as declarações da delegada também serão analisadas. A
delegada não quis se pronunciar sobre o caso.
Crime
Um adolescente de 17 anos e Scarleth Lira Maia Gomes, 18, também acusados de participação, foram detidos. Scarleth foi liberada no dia 18 e vai responder ao processo em liberdade. Outro homem conhecido como Índio continua foragido. A polícia acredita em latrocínio (roubo seguido de morte) e descarta a hipótese de crime homofóbico – postura criticada pelo GGB.
Um adolescente de 17 anos e Scarleth Lira Maia Gomes, 18, também acusados de participação, foram detidos. Scarleth foi liberada no dia 18 e vai responder ao processo em liberdade. Outro homem conhecido como Índio continua foragido. A polícia acredita em latrocínio (roubo seguido de morte) e descarta a hipótese de crime homofóbico – postura criticada pelo GGB.
Segundo a polícia, Itamar e o amigo foram agredidos
no Campo Grande. Acreditando que os dois já estavam mortos, o grupo
decidiu jogar os corpos na fonte. Itamar teria recobrado a consciência e
foi atingido por um paralelepípedo na cabeça. Os quatro fugiram com
dois celulares, um relógio e R$ 1,80 das vítimas.
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