“A punição para estas pessoas deve ser a repreensão, enquadradas no crime de maus tratos a animais e devem ser presos”. Moraes tentou explicar que o projeto não proíbe a matança dos animais e sim considera crime quando animais mortos sem fins “comestíveis” sejam depositados nas ruas, não considerando aqueles ofertados à comunidade. O vereador ainda alega que em nenhum momento faz referência ao candomblé em seu projeto. “É uma mobilização política contra mim e estão distorcendo a minha proposta. Ninguém do candomblé me procurou para conversamos e debatermos o projeto”.
Mas o presidente da Associação Cultural do Patrimônio Bantu (Acbantu), Raimundo Konmannanjy, garante que o projeto é racista e tem sim como alvo o candomblé. “O candomblé foi colocado covardemente nas entrelinhas deste projeto, incitando à intolerância religiosa e causando violência contra o povo de terreiro”. O babalorixá explica que não existe maus tratos aos animais. “Não maltratamos os animais, pois não os sacrificamos e sim os oferecemos. Não há violência contra os animais e nem contra a natureza. Deixamos aqui o apelo à Câmara Municipal para que analisem com bom senso e sensibilidade como os ancestrais que tanto contribuíram para essa terra chamada Brasil”.
Marcell Moraes, que entrou por diversas vezes em contradição durante a entrevista e que não compareceu à sessão ordinária transformada em especial na tarde de hoje (6), não informou como será a fiscalização dos “crimes” nas ruas de Salvador.
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