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Romário criticou o ex-companheiro de seleção brasileira, que revidou em entrevista coletiva concedida no último sábado
Estadão Conteúdo
A polêmica envolvendo Romário e Ronaldo está longe
de ter um fim. Neste domingo, o ex-atacante da seleção brasileira, por
meio de uma carta aberta publicada no Facebook, criticou o membro mais
ilustre do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014.
Logo no começo do texto, Romário nega estar se aproveitando das
manifestações populares que assolaram o Brasil nas últimas semanas e
ressaltou seus trabalhos na Câmara dos Deputados.
“Uma coisa que você (Ronaldo) não deve saber, é que
uma das funções de deputado é fiscalizar, além da CBF, entidades como a
que você faz parte, o Comitê Organizador Local (COL). E ninguém pode
dizer que não tenho feito isso. São incontáveis os relatórios
divulgados por mim sobre o excesso de gastos. Visitei todas as
cidades-sede para fiscalizar obras de mobilidade, aeroportos, estádios e
acessibilidade. Minha função não permite ações mais efetivas. Fica a
cargo do Executivo dar a canetada final”, disparou Romário. A polêmica
entre os dois ex-jogadores começou com a publicação de um vídeo de
2011, onde Ronaldo disse que “não se faz Copa do Mundo com hospitais”.
Romário criticou o ex-companheiro de seleção
brasileira, que revidou em entrevista coletiva concedida no último
sábado, afirmando que “não adianta só apontar o dedo, tem que fazer
alguma coisa”. Dentre vários pontos, Romário destacou a tentativa de
instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a
CBF e as negociações para flexibilizar a Lei Geral da Copa, sugerindo
que a Fifa deixasse 10% do lucro da Copa do Mundo para investimento “no
futebol de base e outros esportes praticados por pessoas com
deficiência”.
Por último, o ex-jogador cobrou os 32 mil ingressos
prometidos pelo COL para pessoas de baixa renda com deficiência física.
“Aliás, nós da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Deficiência
ainda esperamos os 32 mil ingressos para a Copa do Mundo prometidos
publicamente por você, em nome do COL, para as pessoas com deficiência
de baixa renda”, finalizou.
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