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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Quadrilha agridiu funcionários com coronhadas e invadiu quarto durante assalto na Boca do Rio



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Os bandidos fugiram com roupas, um tablet, um notebook, dois celulares e R$ 370 de um dos hóspedes, além de CPU da sala de câmeras e dinheiro

13.06.2013 | Atualizado em 13.06.2013 - 07:44
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O representante de uma empresa de alimentos Walmir Garcia, 48 anos, acordou ontem achando que estava num pesadelo no Corsário Praia Hotel. Um homem mirava um revólver calibre 38 para sua cabeça. Mas era real. “Pensei que ia morrer”, disse Garcia, ainda apavorado, na 9ª Delegacia, na Boca do Rio. Ele foi uma das vítimas de uma quadrilha que assaltou o hotel, situado a poucos metros da Praia dos Artistas, na orla.


Bandidos pararam carro na porta do hotel, na Praia dos Artistas, um aguardou no veículo e três entraram

O roubo foi praticado por quatro homens que chegaram em um carro. Eles foram até a recepção e pediram por um quarto, mas logo em seguida sacaram uma arma e fizeram reféns oito pessoas. Três delas foram agredidas a coronhadas: dois funcionários e um hóspede. Os bandidos fugiram com roupas, um tablet, um notebook, dois celulares e R$ 370 de um dos hóspedes, além de CPU da sala de câmeras e uma quantia em dinheiro do hotel não informada.

O assalto aconteceu por volta das 7h. Os criminosos entraram pelo estacionamento em um Corsa Sedan, cuja placa não foi identificada pela polícia. O motorista permaneceu no carro, estacionado estrategicamente de frente para a rua, enquanto os demais entraram no hotel.

De acordo com o recepcionista, que não quis se identificar, os três ladrões perguntaram a ele sobre a disponibilidade de vagas para hospedagem. “Desconfiei porque chegaram sem malas e usavam sandálias e bermudas e camisetas sujas”, disse o recepcionista. Pouco depois de curto diálogo, os bandidos sacaram as armas e obrigaram o recepcionista e o porteiro que estava próximo a levá-los até a sala de videomonitoramento. No local, os bandidos trataram de pegar a CPU e na saída destruíram algumas câmeras no corredor.

Agressões
Depois de pegar as chaves dos quartos com o recepcionista, os criminosos iniciaram as agressões. “Eles estavam muitos nervosos. Eu estava com as mãos para cima, olhando para baixo, fazendo tudo o que eles pediam, mas mesmo assim deram uma coronhada em mim e no porteiro”, contou um funcionário do hotel ainda com o rosto ensanguentado após depoimento na delegacia. Ainda de acordo com ele, um dos hóspedes também  foi agredido com um golpe do cano de uma arma na cabeça. A vítima tinha acabado de descarregar as malas no quarto e se dirigia à recepção quando foi surpreendida pelos ladrões.

Sete pessoas, entre funcionários e hóspedes, foram trancadas  em um dos quartos por dois dos assaltantes, enquanto o terceiro, com uma chave, entrou no quarto de Walmir Garcia.

“Levaram minhas roupas, notebook, tablet e a carteira com documentos e R$ 370. Mas não me mataram, então acho que foi meu dia de sorte. Acho muita coragem deles, porque o trânsito tava engarrafado. Eles nem se preocuparam em esconder o rosto, nenhum tinha boné”, disse.

Walmir percebeu que os bandidos estavam ainda mais nervosos porque a maioria dos quartos estava vazia. “Provavelmente por isso não foram até o segundo andar e foram embora”, disse a vítima, que libertou os reféns após a fuga. Segundo um outro funcionário do hotel, pouco antes da fuga, os criminosos buscavam pelo dono de uma Kombi. “Eles pretendiam fazer a limpa”, contou.


O hóspede Walmir acordou sob a mira de uma arma; Funcionário foi agredido por coronhada na cabeça

Outros casos
Na 9ª DP, um dos proprietários do hotel, que não quis revelar o nome, disse que esse foi o primeiro assalto no estabelecimento este ano, mas que funcionários e clientes já foram vítimas outras três vezes. “Tem uma média de um assalto por ano”, declarou. 

O dono de um hotel que fica ao lado do estabelecimento que foi assaltado afirma que já foi vítima de ações iguais várias vezes. “O último registro ocorreu há cerca de 20 dias. Já pela quarta vez. E quando nós vimos o colega do lado sendo assaltado, nós ficamos preocupados. Tem que tomar providências urgentes, porque do jeito que se encontra não se tem mais condições de trabalhar”, afirmou o empresário Francisco Pinto à TV Bahia.

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