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Segundo o MP, caso a Justiça aceite o pedido, João Henrique também pode ter seus direitos políticos suspensos de cinco a oito anos
12.03.2013 | Atualizado em 12.03.2013 - 21:23
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Da Redação
O Ministério Público da Bahia pediu que R$ 15,1
milhões do ex-prefeito João Henrique fiquem indisponíveis, pois o
dinheiro pode ter que ser devolvido aos cofres públicos da cidade para
ressarcir prejuízos causados durante sua gestão. O pedido é de ação
civil pública assinada pelos promotores de Justiça Heliete Viana, Rita
Tourinho, Adriano Assis, Célia Boaventura e Patrícia Machado, do Grupo
de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade
Administrativa (Gepam).
Segundo o MP, caso a Justiça aceite o pedido, João
Henrique também pode ter seus direitos políticos suspensos de cinco a
oito anos e ainda terá que pagar multa civil de até duas vezes o valor
do dano, além de ser proibido de contratar com o poder público ou
receber benefícios fiscais ou de créditos por cinco anos.
De acordo com a ação, a principal causa do déficit
foi a abertura de créditos suplementares por anulação de dotações,
ultrapassando o limite definido pela Lei Orçamentária. Também foram
abertos créditos da mesma natureza por excesso de arrecadação sem
comprovação dos recursos disponíveis.
O MP diz que as irregularidads aconteceram em 2009 e
2010, ocasiões em que as contas do então prefeito foram rejeitadas pelo
Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia. A rejeição se
baseou em pareceres que apontavam as irregularidades, destacando, além
da abertura irregular dos créditos complementares, o descumprimento do
investimento mínimo de 25% para educação, assim como foram descumpridos
os mínimos constitucionais para ações e serviços públicos em saúde.
Outras irregularidades apontadas estão em processos
licitatórios, ou dispensas de licitações, contratações com preços
considerados "irrazoáveis", processos que não observaram as regras no
empenho, liquidação e pagamento de despesas, entre outros pontos.
O ex-prefeito não foi encontrado para comentar o caso.
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