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Pré-candidato tucano à Presidência da República, o senador Aécio Neves (MG) ouviu gritos de “futuro presidente da República”
12.03.2013 | Atualizado em 12.03.2013 - 20:26
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Estadão Conteúdo
A antecipação da campanha presidencial do ano que
vem pela presidente Dilma Rousseff e pelo ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva para o primeiro semestre deste ano levou o PSDB a
anunciar que “fará uma guerra para salvar o País”. Os tucanos
aproveitaram o mote do seminário “Recuperar a Petrobras é o nosso
desafio” para a declaração de guerra ao governo do PT.
Há cerca de dez dias, numa viagem à Paraíba, ao se
referir à eleição, a presidente Dilma Rousseff confessou: “Nós podemos
fazer o diabo”. “É assim que eu gosto. De ver um partido em pé de
guerra. Quando é preciso fazer guerra, vamos fazer guerra para defender
o País”, discursou sob aplausos o vice-presidente do PSDB, ex-deputado e
ex-governador Alberto Goldman. Ele continuou: “Ou nós acabamos com
esse PT, com esse domínio autoritário, ou eles acabam com o Brasil”.
Durante o seminário, militantes do PSDB-Jovem
ocuparam a sala da Comissão do Orçamento (a maior da Câmara) com
máscaras da presidente Dilma e do ex-presidente Lula e as mãos pintadas
de preto, imitando gestos passados dos dois petistas em locais de
extração de petróleo, quando simularam sujar-se de óleo e anunciaram que
o Brasil era autossuficiente na produção de combustíveis.
Pré-candidato tucano à Presidência da República, o
senador Aécio Neves (MG) ouviu gritos de “futuro presidente da
República” ao iniciar sua participação e o coro de “Brasil pra frente,
Aécio presidente”, quando encerrou o discurso. Aécio admitiu que o ato
em “defesa da Petrobras” faz parte da campanha presidencial antecipada.
Disse que outros se repetirão para tratar de questões como o “BNDES e
seu orçamento paralelo”, a falta de segurança no País, o pacto
federativo e o modelo de privatização do governo petista, chamado de
regime de concessões.
“Quem começou a campanha foi a presidente Dilma”,
afirmou ele depois de participar do seminário, durante entrevista
coletiva. O senador disse que a falta de planejamento e o aparelhamento
político da Petrobras trouxeram prejuízos à empresa e ao País de cerca
de R$$ 15 bilhões por ano, além de derrubá-la da liderança de maior
empresa da América Latina. Afirmou que a gestão atual da Petrobras “é
temerária” e defendeu ser importante “contrapor o Brasil real do Brasil
virtual, da propaganda, desenvolvido pelo PT.”
Para Aécio, é missão do PSDB e da oposição
“demonstrar que no futuro a meritocracia vai tomar o lugar do
aparelhamento, o planejamento vai superar o improviso e a
responsabilidade vai tirar o lugar do despreparo e da
irresponsabilidade”. Aécio Neves acusou ainda a direção da Petrobras de
ter comprado uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, por um
preço superfaturado, que superou a casa de R$$ 1 bilhão. Segundo ele,
os que venderam a planta para a Petrobras a haviam comprado por R$$ 45
milhões. Ele pediu que o Ministério Público investigue a operação.
O senador disse ainda que o PSDB vai trabalhar
para, efetivamente, acabar com a pobreza, não ficando apenas no papel.
“Que a pobreza seja superada com ações e não por decreto presidencial”,
afirmou. Para o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE),
debater os problemas da Petrobras é um dever cívico. “A condução que se
deu a ela é comprometedora. Há um cenário de desordem na Petrobras. Foi
usada no passado como instrumento de propaganda, da última vez para
campanha da presidente Dilma. Queremos denunciar o óbvio: a refinaria
de Pernambuco (Abreu de Lima) custa quatro vezes mais o que deveria
custar. Evidente que assumiu diretoria nova, que denunciou
irregularidades da diretoria anterior. Mas o fato é que envolve os
mesmos interesses. A Petrobras deve estar a serviço do desenvolvimento
do País.
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