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quarta-feira, 13 de março de 2013

PSDB anuncia 'guerra pra salvar o País' contra o PT

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Pré-candidato tucano à Presidência da República, o senador Aécio Neves (MG) ouviu gritos de “futuro presidente da República”

12.03.2013 | Atualizado em 12.03.2013 - 20:26
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Estadão Conteúdo
A antecipação da campanha presidencial do ano que vem pela presidente Dilma Rousseff e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o primeiro semestre deste ano levou o PSDB a anunciar que “fará uma guerra para salvar o País”. Os tucanos aproveitaram o mote do seminário “Recuperar a Petrobras é o nosso desafio” para a declaração de guerra ao governo do PT.
Há cerca de dez dias, numa viagem à Paraíba, ao se referir à eleição, a presidente Dilma Rousseff confessou: “Nós podemos fazer o diabo”. “É assim que eu gosto. De ver um partido em pé de guerra. Quando é preciso fazer guerra, vamos fazer guerra para defender o País”, discursou sob aplausos o vice-presidente do PSDB, ex-deputado e ex-governador Alberto Goldman. Ele continuou: “Ou nós acabamos com esse PT, com esse domínio autoritário, ou eles acabam com o Brasil”.
Durante o seminário, militantes do PSDB-Jovem ocuparam a sala da Comissão do Orçamento (a maior da Câmara) com máscaras da presidente Dilma e do ex-presidente Lula e as mãos pintadas de preto, imitando gestos passados dos dois petistas em locais de extração de petróleo, quando simularam sujar-se de óleo e anunciaram que o Brasil era autossuficiente na produção de combustíveis.
Pré-candidato tucano à Presidência da República, o senador Aécio Neves (MG) ouviu gritos de “futuro presidente da República” ao iniciar sua participação e o coro de “Brasil pra frente, Aécio presidente”, quando encerrou o discurso. Aécio admitiu que o ato em “defesa da Petrobras” faz parte da campanha presidencial antecipada. Disse que outros se repetirão para tratar de questões como o “BNDES e seu orçamento paralelo”, a falta de segurança no País, o pacto federativo e o modelo de privatização do governo petista, chamado de regime de concessões.
“Quem começou a campanha foi a presidente Dilma”, afirmou ele depois de participar do seminário, durante entrevista coletiva. O senador disse que a falta de planejamento e o aparelhamento político da Petrobras trouxeram prejuízos à empresa e ao País de cerca de R$$ 15 bilhões por ano, além de derrubá-la da liderança de maior empresa da América Latina. Afirmou que a gestão atual da Petrobras “é temerária” e defendeu ser importante “contrapor o Brasil real do Brasil virtual, da propaganda, desenvolvido pelo PT.”
Para Aécio, é missão do PSDB e da oposição “demonstrar que no futuro a meritocracia vai tomar o lugar do aparelhamento, o planejamento vai superar o improviso e a responsabilidade vai tirar o lugar do despreparo e da irresponsabilidade”. Aécio Neves acusou ainda a direção da Petrobras de ter comprado uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, por um preço superfaturado, que superou a casa de R$$ 1 bilhão. Segundo ele, os que venderam a planta para a Petrobras a haviam comprado por R$$ 45 milhões. Ele pediu que o Ministério Público investigue a operação.
O senador disse ainda que o PSDB vai trabalhar para, efetivamente, acabar com a pobreza, não ficando apenas no papel. “Que a pobreza seja superada com ações e não por decreto presidencial”, afirmou. Para o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), debater os problemas da Petrobras é um dever cívico. “A condução que se deu a ela é comprometedora. Há um cenário de desordem na Petrobras. Foi usada no passado como instrumento de propaganda, da última vez para campanha da presidente Dilma. Queremos denunciar o óbvio: a refinaria de Pernambuco (Abreu de Lima) custa quatro vezes mais o que deveria custar. Evidente que assumiu diretoria nova, que denunciou irregularidades da diretoria anterior. Mas o fato é que envolve os mesmos interesses. A Petrobras deve estar a serviço do desenvolvimento do País.

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