Papa Bento XVI determina que "dossiê gay" não estará disponível para cardeais no conclave

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Nesta segunda-feira (25), o papa ainda determinou a antecipação do conclave e aceitou a renúncia de um cardeal acusado de "atos inapropriados"

25.02.2013 | Atualizado em 25.02.2013 - 14:04
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Da Redação

No mesmo dia em que aprovou um decreto para antecipar a escolha do seu sucessor, o papa Bento XVI decidiu que o dossiê que se refere a um possível "lobby gay" no Vaticano não ficará acessível aos cardeais, de acordo com o Jornal Hoje. O relatório estará disponível apenas ao novo pontífice e, portanto, seu conteúdo não deverá influenciar o próximo conclave.

O dossiê, revelado por um jornal italiano, foi rejeitado pelo Vaticano como uma "falsa notícia" e versa em suas 300 páginas sobre a existência de uma “rede transversal unida pela orientação sexual”.

Também nesta segunda-feira (25), o cardeal mais antigo do Reino Unido, Keith O'Brien, renunciou após a divulgação de denúncias de "atos inapropriados" com três padres e um ex-sacerdote da Igreja Católica. De acordo com o jornal The Guardian, o líder do catolicismo na Escócia nega as acusações e deverá permanecer no cargo de arcebispo de St. Andrews e Edimburgo até meados de março, quando se aposentará aos 75 anos.

O ex-cardeal renunciou semanas antes do conclave (Foto: AFP)

Uma das denúncias, que remontam à década de 80, afirma ainda que o ex-cardeal teve um "relacionamento inapropriado" com um membro da Igreja, que teve de passar por aconselhamento psicológico por um "longo período". 

O'Brien é um notável oponente dos direitos dos gays, condenando a homossexualidade e a adoção de crianças por casais do mesmo sexo. De acordo com o The Guardian, recentemente ele também declarou que casamentos gays seriam "danosos para o bem-estar físico, mental e espiritual para os envolvidos".