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terça-feira, 12 de março de 2013

Permanência de pastor Feliciano em Comissão gera protestos em Salvador


Política
por
Sergio Toniello Filho
Publicada em 12/03/2013 01:04:36
Foto: Reginaldo Ipê
Os manifestantes se organizaram através de redes sociais na Internet
Os manifestantes se organizaram através de redes sociais na Internet
Centenas de pessoas protestaram na tarde de ontem no Farol da Barra contra a nomeação do deputado e pastor Marco Feliciano como presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados.
Os protestos na capital baiana e outras 14 cidades foram marcados usando as redes sociais. No local, vários cartazes pedindo a saída do pastor Marco Feliciano e um megafone estava aberto ao público. “Como pode um homofóbico e racista declarado presidir uma comissão tão importante para os homossexuais e negros?”, questionou o administrador Alan Nunes.
A vice-prefeita Célia Sacramento (PV) esteve presente e disse que mais manifestações como a de ontem devem ser feitas. “Ele (Marco Feliciano) tem que sair de lá. Não devemos ficar calado diante de uma situação dessas. A nomeação do pastor é um retrocesso para o nosso país.”, declarou Célia
Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), também esteve presente com uma bandeira do movimento aberta. Com seu tradicional grito de “A Bahia é gay”, Mott pediu união de todos para que o Feliciano saia do comando. “Temos que pedir respeito à diversidade, nosso país é livre e não pode ser comandado por uma pessoa que não tem competência e não entende as minorias. Esse é um movimento muito importante que tem a participação de várias ONG’s, entidades feministas e do movimento negro.”, disse.
Segundo a 11ª Companhia Independente de Polícia Militar (Barra), cerca de 500 pessoas fizeram pacificamente o protesto desde as 16h.
Do farol, o grupo seguiu em caminhada ao Cristo, na Ondina, com os cartazes e também o megafone. Ainda no sábado (9) foi enviado ao presidente da Câmara, deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) um requerimento pedindo a anulação das eleições que levaram o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, realizadas dia 7 de março. A iniciativa partiu da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e suas 286 entidades filiadas.
Acusado de homofobia e racismo por defensores de direitos de homossexuais e negros, Feliciano recebeu 11 dos 12 votos dos parlamentares da bancada evangélica, um a mais do que o mínimo necessário para ser eleito.

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