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Entre os denunciados está o vereador e ex-PM Marco Prisco
17.04.2013 | Atualizado em 17.04.2013 - 19:00
Visualizações: 9451
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Da Redação
Sete pessoas foram denunciadas pelo Ministério
Público Federal na Bahia por diversos crimes, a maioria crimes contra a
segurança nacional, praticados durante a greve da Polícia Militar no ano
passado. Entre os denunciados estão o vereador e ex-policial militar
Marco Prisco e o vereador de Jequié Gilvan Souza Santana. Para o MPF, os
políticos obtiveram lucros políticos nas eleições de 2012 por conta da
greve.
Os outros denunciados são o cabo Jeoás Nascimento
dos Santos, os soldados Josafá Ramos dos Santos e Jeane Batista de
Souza, o líder da greve dos Bombeiros no Rio de Janeiro, Benevenuto
Daciolo Fonseca dos Santos, e David Salomão dos Santos Lima, de Vitória
da Conquista. A denúncia, feita no dia 9 de abril, foi divulgada nesta
quarta-feira (17).
Grevistas empunham armas no CAB, na Paralela: paralisação aconteceu antes do Carnaval
Os sete responderão por crimes previstos na Lei de
Segurança Nacional, no Código Penal e no Estatuto da Criança e do
Adolescente - entre eles, associar-se a mais de três pessoas em bando
armado para cometer crime, impedir o livro exercício de qualquer um dos
Poderes da União ou dos Estados com uso de violência ou grave ameaça,
apodera-se de veículo de transporte coletivo, ameaçando a tripulação ou
passageiros, praticar sabotagem contra instalações militares, paralisar
total ou parcialmente atividade ou serviço público essencial para a
defesa, incitar a subversão da ordem política ou social, constituir
organização paramilitar ou milícia particular e submeter criança ou
adolescente sob sua autoridade ou vigilância a constrangimento.
Tropas do Exército mantém cordão de isolamento em torno do prédio da Assembleia durante ocupação de grevistas
"Quadrilha armada"
Segundo a denúncia do MPF, os sete denunciados formaram uma quadrilha armada com objetivo de "lesar e expor a perigo o Estado". Para o órgão, a greve teve "nítida motivação política", aterrorizou a população e executou "uma série de crimes".
Segundo a denúncia do MPF, os sete denunciados formaram uma quadrilha armada com objetivo de "lesar e expor a perigo o Estado". Para o órgão, a greve teve "nítida motivação política", aterrorizou a população e executou "uma série de crimes".
O MPF também diz que os denunciados fizeram o
possível para prolongar a greve, para que policiais de outras cidades e
estados aderissem. O órgão também acredita que a época da paralisação,
às vésperas do Carnaval, também pretendia o "aumento dos próprios
capitais políticos dos denunciados", além de pressionar pela aprovação
da PEC n 300/2008, que estabelecia um piso salarial para a categoria.
Ocupação da Alba
Os grevistas também ocuparam a Asssembleia Legislativa, o que impediu o trabalho do Poder Legislativo, denuncia o MPF. Eles levaram para o local as famílias, incluindo mulheres e crianças, em desacordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Para o órgão, as crianças foram usadas como "escudos humanos" pelos PMs em greve.
Os grevistas também ocuparam a Asssembleia Legislativa, o que impediu o trabalho do Poder Legislativo, denuncia o MPF. Eles levaram para o local as famílias, incluindo mulheres e crianças, em desacordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Para o órgão, as crianças foram usadas como "escudos humanos" pelos PMs em greve.
Ônibus foram atravessados na avenida Paralela interrompendo trânsito
A denúncia também diz que durante a greve viaturas
que continuaram o policiamento foram depredadas e usaram caminhões e
ônibus para bloquear pistas chaves da cidade. Documentos que acompanham
a denúncia, de 85 páginas, comprovam a sabotagem de viaturas policiais
e de ônibus de passageiros com o emprego da mesma tática: rasgando-se
os pneus e danificando-se a chaparia, diz o MPF.
A denúncia diz ainda que houve prejuízo também
financeiro com a greve - os gastos com a Operação Bahia, que mobilizou
Forças Armadas e a Força Nacional, foram de R$ 14,4 milhões.
Policiais grevistas se posicionam em frente ao prédio da Assembleia Legislativa
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