Integrantes do movimento vão acampar em frente à sede do Incra, sem prazo de saída
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), que
retomou a caminhada com direção à sede do Incra, no Centro
Administrativo da Bahia (CAB), na manhã desta quinta-feira, 11, segue
pela Avenida Luiz Viana Filho (Paralela). O grupo se encontra nas
imediações da Faculdade Unijorge.O movimento segue com cinco mil integrantes, que ocupam uma extensão de 5 km. Eles estão nas proximidades do Bairro da Paz e ocupam a faixa da direita da Avenida Paralela. “A marcha é o nosso maior intrumento de luta. Um governo que diz ser dos trabalhadores deve priorizar uma discussão sobre a reforma agrária”, afirma Márcio Matos, coordenador estadual do MST.
Os integrantes do movimento vão acampar em frente à sede do Incra, sem prazo de saída. De acordo com Márcio, eles permanecerão no local até que sejam discutidas e negociadas as reinvidicações do grupo. Entre elas, estão o combate à impunidade dos crimes ocorridos no campo, como o assassinato de um dos líderes do MST, Fábio Silva, cujo corpo foi encontrado no dia 2 de abril, no município de Iguaí. Além desta, os trabalhadores exigem propostas concretas do Incra para a reforma agrária, um plano emergencial do governo para assistir às populações das regiões afetadas pela seca e a discussão relativa ao massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, no qual foram mortos 19 trabalhadores sem-terra.
Por conta da caminhada, o trânsito está congestionado em toda extensão da Paralela sentido Iguatemi. A Superintendência de Trânsito e Transporte (Transalvador) recomenda que os motoristas procurem vias alternativas.
Alguns integrantes do MST já estão acampados na sede do Incra, onde aguardam a chegada da maior parte do grupo, que saiu às 6h desta quinta do município de Lauro de Freitas.
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