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Terça acontece reunião entre Sindicato dos Rodoviários e Setps; quarta acontece assembleia
16.05.2013 | Atualizado em 16.05.2013 - 20:42
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Da RedaçãoAtualizada às 21h27
Os rodoviários fazem novas rodadas de negociações
com os empresários de ônibus na terça-feira (21) e até lá, segundo Hélio
Ferreira, presidente do Sindicato dos Rodoviários, não acontecerão mais
reuniões nas portas da garagem como as desta quinta-feira (16), que
causaram transtornos para os usuários do sistema coletivo.
Apesar do atraso de mais de 3 horas na saída de
alguns ônibus na manhã de hoje, o sindicato não classifica o ocorrido
como paralisação. "Nós já tomamos uma decisão e não faremos mais essa
semana, já que reabriram as negociações. Já se marcou a próxima reunião
e até lá não haverá mais reunião de garagem, porque estamos com mesa
de negociação", diz Hélio.
As reuniões acontecem na terça às 9h no SETPS e às
14h na Abemtro. Os sindicatos patronais, de acordo com os rodoviários,
apresentaram proposta de reajuste de 3,21%, depois de oito rodadas de
negociação - a categoria quer 15%. Em nota, o sindicato diz que o
reajuste proposto equivale a "menos de 50% da inflação do período".
Os trabalhadores também criticam outros pontos
propostos pelos empresários, o principal deles o contrato parcial de
trabalho. "Na prática, é um trabalho avulso. A pessoa vem trabalhar um
dia e recebe pelas horas, enquanto alguém folga", diz o diretor de
imprensa do sindicato, Daniel Mota, que classifica de "um deboche" a
ideia. Hélio também critica a proposta. "É um retrocesso na relação de
trabalho, nós temos que avançar. Estamos em momento de avançar e não de
retroceder", diz.
O diretor de imprensa avalia que o impacto das
reuniões de hoje, que atrasaram as saídas dos ônibus, influenciou na
decisão dos empresários de voltar a negociar. "Os empresários se
sensiblizaram e chamaram para discutir. É tudo que a gente quer,
sentar, dialogar e discutir a pauta. Gerou um atraso nos ônibus e o
cérebro deles está no bolso", diz Daniel.
Depois das reuniões, na quarta-feira (22), a
categoria se reúne em assembleia nos dois turnos no Sinergia, no
Aquidabã, para discutir as propostas e avanços da campanha salarial.
Além dos 15% de reajuste, eles querem ticket alimentação de R$ 15 trinta
dias por mês e nas férias, PLR, fim da dupla função e da cobrança de
avarias, redução da jornada para 6h sem redução de salário e
assistências médica e odontológica para titulares e dependentes.
"Só esperamos que nessa negociação a gente possa
encontrar uma proposta que contemple a pauta dos trabalhadores",
acrescenta Hélio.
Procurado, o Setps confirmou que a negociação marcada para o dia 21.
Com pontos lotados, solução foi apelar para o transporte alternativo
Ônibus parados
Quem saiu cedo de casa na manhã desta quinta-feira (16) para trabalhar foi pego de surpresa. Os pontos de ônibus estavam lotados e os poucos coletivos que passavam, nem paravam por conta da lotação. O motivo é que os rodoviários de dez, das 18 empresas, resolveram parar as atividades até as 8h.
Quem saiu cedo de casa na manhã desta quinta-feira (16) para trabalhar foi pego de surpresa. Os pontos de ônibus estavam lotados e os poucos coletivos que passavam, nem paravam por conta da lotação. O motivo é que os rodoviários de dez, das 18 empresas, resolveram parar as atividades até as 8h.
Segundo
informações da Superintendência de Trânsito e Transportes
(Transalvador) as empresas que ficaram paradas foram a BTU, ODM e
Ondina, Rio Vermelho, União, Transol, Capital, Ilha Tropical, Central e Verdemar.
Além
das estações de transbordo e dos finais de linha, a maior parte de
passageiros à espera dos ônibus ficou concentrada nas regiões de São
Cristóvão, Iguatemi, avenida Paralela e Pirajá/São Caetano.
O Setps informou na tarde de hoje que entrou em contato com seu departamento jurídico para analisar a possibilidade de acionar o Sindicato dos Rodoviários na Justiça.
"Eles não informaram nada [....] As pessoas não se prepararam. Isso é
uma violência contra a sociedade. É uma coisa inconstitucional, ilegal,
abusiva", disse o assessor do órgão, Jorge Castro. Segundo ele, o que
resta ao Setps é apelar para o Ministério Público do Trabalho, para a
justiça do trabalho, para que sejam tomadas providências. "Não podemos
fazer muita coisa. Ficamos de mãos atadas", afirmou.
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