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terça-feira, 21 de maio de 2013

Suspeito de matar capitão da PM estava vestido com farda de escola estadual


Segundo a polícia, o PM reagiu à abordagem do rapaz do que aparentava ter 17 anos

21.05.2013 | Atualizado em 21.05.2013 - 07:43
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Foto: Reprodução/Robson Mendes
Anativo era ex-marido de cantora
Da Redação

Um capitão da Polícia Militar (PM) foi morto a tiros ontem, enquanto esperava para ser atendido em um lava a jato na Baixinha do Santo Antônio, no bairro do Cabula. Segundo informações da Central de Polícia, o  capitão Anativo Manoel da Conceição Neto, 33 anos, foi abordado por um homem armado por volta das 17h30. Morador do bairro de Canabrava, o capitão era ex-marido da cantora de arrocha Nara Costa, além de ser subcomandante da 2ª Companhia Independente da PM (Barbalho).

De acordo com o delegado Antônio Cláudio Oliveira, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o suspeito tentou roubar o carro do policial, um veículo Renault Sandero (placa NTZ-8692). “Anativo estava sentado em uma cadeira, quando apareceu um indivíduo que aparentava ter  17 anos e usava a farda de um colégio estadual”, contou o delegado.

Em seguida, o assaltante apontou um revólver calibre 38 para o capitão. “Ele deu voz de assalto, dizendo ‘perdeu o carro’. O capitão reagiu e tentou segurar a arma do meliante, mas acabou atingido por um tiro na cabeça”, completou o delegado.

Anativo não resistiu aos ferimentos e morreu no local, antes de ser socorrido. Segundo Oliveira, o suspeito fugiu andando sem levar nada, deixando a arma do crime no local. O capitão estava de folga, mas estava com a arma ponto 40, da PM, na cintura.

O delegado do DHPP informou, ainda, que a câmera de segurança de um estabelecimento comercial em frente ao lava a jato registrou o crime, bem como uma imagem frontal do suspeito. “O capitão costumava frequentar o lava a jato. Era um excelente policial”, lamentou.


Capitão aguardava serviço em lava a jato quando sofreu abordagem

Anativo integrava os quadros da PM há 14 anos, além de ser filho de um policial civil da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), ainda segundo o delegado. Um companheiro de corporação contou que o capitão não tinha um temperamento forte. “Ele gostava de fazer diligências, trabalhar na rua, mas era uma pessoa calma. A vida toda dele foi na PM. Só estava no lugar errado, na hora errada”, disse o policial, que não quis se identificar.

Ao CORREIO, a irmã de Nara Costa, Alexmeire Silva, afirmou que a cantora ficou abalada com a notícia. “Eles ficaram juntos por mais de cinco anos. Estavam separados há, no máximo, três meses”. A PM informou que policiais fizeram diligências na região, tentando localizar o autor do crime, mas ninguém foi preso até o fechamento da edição, às 23h.

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