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sábado, 6 de julho de 2013

Escritora Camille Paglia é convidada para 12ª Parada Gay da Bahia

 

TELMA ALVARENGA


Coluna Vip

06.07.2013 | Atualizado em 06.07.2013 - 08:37
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Amiga de Daniela Mercury, que será a madrinha da 12ª Parada Gay da Bahia, a escritora americana Camille Paglia está sendo convidada, pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), para vir à cidade, participar da festa. A ideia é que ela faça uma palestra, na Ufba, durante  a Semana da Diversidade  (entre 2 e 8 de setembro), sobre o tema Sexo, Arte e Cultura: Desafios do Século. Em tempo: a convite de Daniela, a professora da Universidade das Artes da Filadélfia veio a Salvador no Carnaval de 2009 e subiu no trio da Rainha. A experiência renderá um livro, que ela escreverá em parceria com o historiador baiano Gunter Axt.


Camille: convite para a Parada Gay e livro sobre o Carnaval baiano

Tem mais...

Uma semana antes da Parada Gay, maratonistas vão participar de uma prova, percorrendo o mesmo circuito do grande desfile, marcado para o dia 8 de setembro. No dia 1º, um domingo, acontece a I Maratona da Diversidade de Salvador. A  largada, pela manhã, será no Campo Grande, para onde os participantes voltarão, depois de cumprir o roteiro: Mercês, Piedade, São Bento, Praça Castro Alves, Carlos Gomes... “Vai ser o esquenta da Parada”, diz Marcelo Cerqueira, presidente do Grupo Gay da Bahia. Ele calcula  que 800 pessoas devam participar da competição.



Malvadas no palco

Após as gravações da minissérie Amores Roubados, da Globo, este mês, Frank Menezes se dedicará à peça As Malvadas, que marcará as  comemorações por seus 30 anos de carreira. Ele e Marcelo Praddo viverão papéis femininos. “São duas atrizes, irmãs, que estão fora dos palcos por motivos trágicos e querem voltar. É um suspense com base de comédia”, explica Frank.  João Guisande completa o elenco. “Ele fará dois homens”. Com   texto e direção de Luiz Marfuz, o espetáculo estreia dia 13 de setembro, no Teatro Módulo. A produção é assinada por Selma Santos.


Frank, com João e Marcelo, parceiros na peça que marcará as comemorações por seus 30 anos de carreira: personagem feminino



O mundo de Alice

Tudo começou com a recomendação de uma astróloga para que a fotógrafa Alice Ramos passasse seu aniversário de 2007 em Amsterdã. Da Holanda, ela partiu para outros nove países, como Bélgica, França e Tailândia. Foram quatro anos de viagens e incontáveis cliques. Alguns deles estão reunidos na exposição De Passagem, que ficará em cartaz entre 16 de julho e 8 de agosto, na Caixa Cultural.


Foto feita em Amphoe Amphawa, na Tailândia: exposição


(Coluna com Priscila Borges e Victor Villarpando)

por Telma Alvarenga

 - Oi
- Oi -, diz, dando aquela conferida na desconhecida, da cabeça aos pés. Ou melhor, da cor dos cabelos aos sapatos. E logo repara na faixinha onde começam a despontar fios brancos. Que vestido é esse? E a sandália, então? Cafooona - pensa.
- Posso me sentar aqui? Estou me sentindo meio deslocada nessa festa. Não conheço quase ninguém.
- Claro.
- Noooossa, viu como a Aninha está linda?
- É... Só não gostei muito da blusa, toda brilhosa. Não combina com ela. Meio over...
- Ah, mas ela é aniversariante, tem que brilhar mesmo. Acho que o modelito está perfeito para a ocasião.
- Você não achou meio justo demais?
- Vamos combinar, a Aninha tá podendo, corpaço...
- Também, não sai da academia. Dinheiro, meu bem. Como diz o ditado, não existe mulher feia, só mulher pobre. Se eu tivesse a grana que ela tem...
- Mas a Aninha trabalha à beça, coitada. Merece. É uma advogada supercompetente, o escritório dela é um sucesso.
- Escritório que ela herdou do pai... Assim, fica fácil. Quem trabalha muito sou eu. Batalhei bastante para conquistar tudo o que eu tenho, sem  a ajuda de ninguém... E, que eu saiba, o escritório dela não vai tão bem. Perdeu muitos clientes, os mais poderosos. Se continuar assim...
- Já vi que você é bem crítica.
- Sou sincera...
- Como é mesmo o seu nome?
Ela não responde. A inveja é assim: sorrateira, age na surdina, não mostra a cara. Como já disse o jornalista Zuenir Ventura, que escreveu um livro sobre o tema, em 1998, “O ódio espuma. A preguiça se derrama. A gula engorda. A avareza acumula. A luxúria se oferece. O orgulho brilha. Só a inveja se esconde”. Quantas pessoas você conhece que já se sentiram vítimas de invejosos? Provavelmente, muuuitas. E quantas já confessaram sentir inveja de alguém? Raro. Raríssimo. Talvez tão difícil quanto encontrar alguém que admita gostar de ser invejado, porque, de tão inseguro, assim se sente valorizado.
Mas quem pode dizer que não tem medo de olho gordo? Eu tenho pavor (toc, toc, toc). E a grande maioria dos entrevistados do Papo Vip, a seção dominical da coluna, cita a inveja como o pior dos sete pecados capitais. Afinal, qual a diferença entre inveja e ciúme ? O assunto dá pano para manga. Muito já se falou, discutiu e escreveu sobre o tema. A melhor definição que encontrei vem do próprio Zuenir: “Ciúme é querer manter o que se tem; cobiça é querer o que não se tem; inveja é não querer que o outro tenha”.
Uma parábola ajuda a entender esse sentimento tão nefasto, que talvez faça um mal maior a quem sente do que a quem ele é direcionado.
Uma cobra passou dias perseguindo um vagalume. Exausto, o vagalume parou de fugir e disse à cobra: – Posso fazer três perguntas?
Relutante, a cobra respondeu: – Não costumo conversar com quem vou destruir, mas abrirei um precedente.
O vagalume, então, perguntou:
- Pertenço a sua cadeia alimentar?
- Não, respondeu a cobra.
– Fiz algum mal a você?
- Não.
- Então, por que me persegue?
 – Porque não suporto ver você brilhar. Seu brilho me incomoda.

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