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O episódio faz parte de um relatório do governo do Paquistão que atribui “incompetência e negligência coletivas” às agências de inteligência do país
Folhapress
Pouco depois de orquestrar o maior atentado terrorista da história nos EUA em 2001, Osama Bin Laden foi parado numa blitz no Paquistão “em 2002 ou 2003” por dirigir em alta velocidade. O segurança dele resolveu em poucos minutos o problema. Bin Laden, sem a barba com que aparecia nos vídeos da rede terrorista Al Qaeda, seguiu com a família na região turística de Swat.
O episódio faz parte de um relatório do governo do Paquistão que culpa a “incompetência e negligência coletivas” das agências de inteligência do país pelos quase dez anos em que o homem mais procurado do mundo viveu na paquistanesa Abbottabad sem ser descoberto.
O informe secreto, vazado pela TV Al Jazeera, é resultado das investigações da Comissão Abbottabad, criada pelo Parlamento paquistanês para verificar se houve conivência de órgãos do país com a Al-Qaeda após os EUA assassinarem Bin Laden no Paquistão em maio de 2011.
Alimentado com cerca de 200 entrevistas, incluindo as feitas com as três viúvas de Bin Laden e com seus poucos funcionários, o texto revela detalhes do cotidiano dele. Para escapar de monitoramentos aéreos, Bin Laden costumava usar chapéu estilo caubói quando se deslocava no pátio do complexo em que vivia com a família.
De estilo frugal, o líder da Al Qaeda, segundo testemunhas, tinha poucas peças de roupa. Não teria revelado sua identidade aos netos, que o chamavam de “tio pobre”, já que sempre dizia não ter dinheiro para compras. Uma das crianças, porém, reconheceu-o em reportagem na TV. Pouco depois, as TVs foram banidas da casa.
Conivência O relatório critica a falta de comunicação entre órgãos de inteligência do governo e a polícia do Paquistão, mas não aponta que funcionários teriam sido coniventes com a Al Qaeda: “Apesar de a possibilidade de algum grau de conivência dentro ou fora do governo não puder ser totalmente descartado, nenhum indivíduo pode ser identificado como culpado”.
Ao comentar os desencontros que fizeram o Paquistão ser “humilhado” pela “ato de guerra” que foi a operação dos EUA para matar Bin Laden, Ahmad Shuja, um ex-chefe de espionagem, diz no relatório: “Somos um Estado falido mesmo se nós ainda não somos um Estado falido”.
Há outros trechos igualmente críticos com a burocracia no Paquistão. Após comentar que Bin Laden não pagava impostos locais nem respeitava regras para construção, o texto diz que o terrorista teve a “extrema sorte de não topar com ninguém fazendo seu trabalho honestamente, num completo colapso da governança local”.
Pouco depois de orquestrar o maior atentado terrorista da história nos EUA em 2001, Osama Bin Laden foi parado numa blitz no Paquistão “em 2002 ou 2003” por dirigir em alta velocidade. O segurança dele resolveu em poucos minutos o problema. Bin Laden, sem a barba com que aparecia nos vídeos da rede terrorista Al Qaeda, seguiu com a família na região turística de Swat.
O episódio faz parte de um relatório do governo do Paquistão que culpa a “incompetência e negligência coletivas” das agências de inteligência do país pelos quase dez anos em que o homem mais procurado do mundo viveu na paquistanesa Abbottabad sem ser descoberto.
O informe secreto, vazado pela TV Al Jazeera, é resultado das investigações da Comissão Abbottabad, criada pelo Parlamento paquistanês para verificar se houve conivência de órgãos do país com a Al-Qaeda após os EUA assassinarem Bin Laden no Paquistão em maio de 2011.
Alimentado com cerca de 200 entrevistas, incluindo as feitas com as três viúvas de Bin Laden e com seus poucos funcionários, o texto revela detalhes do cotidiano dele. Para escapar de monitoramentos aéreos, Bin Laden costumava usar chapéu estilo caubói quando se deslocava no pátio do complexo em que vivia com a família.
De estilo frugal, o líder da Al Qaeda, segundo testemunhas, tinha poucas peças de roupa. Não teria revelado sua identidade aos netos, que o chamavam de “tio pobre”, já que sempre dizia não ter dinheiro para compras. Uma das crianças, porém, reconheceu-o em reportagem na TV. Pouco depois, as TVs foram banidas da casa.
Conivência O relatório critica a falta de comunicação entre órgãos de inteligência do governo e a polícia do Paquistão, mas não aponta que funcionários teriam sido coniventes com a Al Qaeda: “Apesar de a possibilidade de algum grau de conivência dentro ou fora do governo não puder ser totalmente descartado, nenhum indivíduo pode ser identificado como culpado”.
Ao comentar os desencontros que fizeram o Paquistão ser “humilhado” pela “ato de guerra” que foi a operação dos EUA para matar Bin Laden, Ahmad Shuja, um ex-chefe de espionagem, diz no relatório: “Somos um Estado falido mesmo se nós ainda não somos um Estado falido”.
Há outros trechos igualmente críticos com a burocracia no Paquistão. Após comentar que Bin Laden não pagava impostos locais nem respeitava regras para construção, o texto diz que o terrorista teve a “extrema sorte de não topar com ninguém fazendo seu trabalho honestamente, num completo colapso da governança local”.
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