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sexta-feira, 14 de junho de 2013

O que era doce ficou azedo: Promoção do “Camaro amarelo” é suspensa pelo Ministério Público Federal


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14/06/13 às 16h54 - Atualizado em 14/06/13 às 16h54
MPF alega que loja de calçados que oferecia o “possante” precisava de registro do sorteio
Campanha nas emissoras de TV e uma promoção que pretendia premiar um cliente sortudo com o carro dos sonhos da grande maioria dos brasileiros. Tanta expectativa criada e um desfecho: Nada de sorteio.
A loja de calçados que pretendia sortear um automóvel Camaro, estimado em 200 mil Reais, teve a promoção suspensa pelo Ministério Público Federal.
A alegação do MPF é que o sorteio precisava ser registrado na Caixa Econômica Federal, que regulamenta ou não promoções deste tipo desde 1971, através de uma lei federal.
Cópia da ação civil pública movida pelo MPF.
Cópia da ação civil pública movida pelo MPF.
Foto Acorda Cidade
De acordo com a lei, qualquer sorteio de grande abrangência, seja de uma Ferrari de brinquedo ou de um Camaro de verdade, precisa ser registrado em duas instâncias: Na Caixa Ecônomica e no Ministério da Fazenda.
Através de uma ação civil pública, o sorteio do Camaro Amarelo, tema de uma música de grande sucesso no meio sertanejo, foi suspenso. A promoção fazia parte de uma agressiva campanha publicitária para alavancar as vendas da rede, uma das maiores do estado, na época do dia dos namorados.
Carrão chegou a desfilar com carreata, mas a promoção não foi aceita pela Caixa Econômica Federal.
Carrão chegou a desfilar com carreata, mas a promoção não foi aceita pela Caixa Econômica Federal.
Foto: Calila Notícias
A rede de loja de calçados é grande, com sedes em vários municípios da Bahia e também em Feira de Santana. O motivo para a não realização da campanha é que a loja não tinha uma autorização prévia para a divulgação da promoção.  Apenas um número de autorização foi divulgado, mas seria apenas o registro do pedido. A autorização teria sido indeferida.
A produção do Varela Notícias entrou em contato com dois telefones da rede de lojas Real Calçados, alvo da ação do Ministério Público federal, mas não obteve sucesso na busca por respostas. A empresa, dona de 50 lojas, não possui site nem telefone de atendimento ao consumidor.
Um dos telefones acionados por nossa reportagem é de uma das maiores lojas da rede, localizada em Feira de Santana. Uma mulher, gerente da unidade e identificada como Anete, afirmou que só a matriz poderia dar qualquer esclarecimento.
Super-carrão era oferecido para a campanha de dia dos namorados da rede de loja de sapatos
Super-carrão era oferecido para a campanha de dia dos namorados da rede de loja de sapatos.
Foto: Calila Notícias
A matriz fica na cidade de Santo Amaro, a 60 km de Salvador. Nesta nova tentativa, uma surpresa: Uma funcionária de um setor inusitado da empresa afirmou que todos os responsáveis estavam fora da loja.
Após nossa equipe de reportagem insistir muito, descobriu-se que os “responsáveis” estariam de férias. Uma nova tentativa e o telefone caiu no sinal do fax
A Real Calçados possui uma página nas redes sociais, iniciada em 28 de janeiro. O espaço, onde poderiam ser dadas outras informações e até algum esclarecimento ao público sobre a suspensão da promoção, permanece sem publicações desde a data de criação.

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